O Produto Mínimo Viável (MVP) é um conceito que se origina no âmbito do empreendedorismo junto ao conceito de lean startup para o desenvolvimento de produtos. A ideia é construir a versão mais enxuta de um produto, alocando o mínimo de recursos possíveis para entregar a principal proposta de valor. Partindo da mesma lógica, a Comunidade Mínima Viável (MVC) tem como objetivo criar e cultivar uma comunidade inicial que seja pequena, mas funcional o suficiente para validar a proposta de valor, testar hipóteses e promover interações significativas.
Ao empregar a estratégia da MVC, os gestores de comunidades buscam estabelecer uma presença inicial que seja enxuta, mas que ainda assim ofereça uma experiência valiosa aos membros. Essa abordagem ajuda a evitar investimentos excessivos antes de validar a viabilidade da comunidade, proporcionando uma base sólida para o desenvolvimento futuro. O MVC, quando implementado de maneira eficaz, permite que os gestores de comunidades aprendam com seus usuários desde o início, refinem suas estratégias e cresçam de maneira sustentável.
Visto isso, três elementos devem ser levados em consideração quando consideramos o MVC. São eles:
Identidade: antes de lançar uma comunidade, é crucial entender claramente o propósito da mesma. Definir os objetivos, valores e o que se espera alcançar é essencial para orientar o desenvolvimento inicial. Selecionar métricas claras para avaliar o sucesso da comunidade que podem incluir engajamento, retenção de membros, feedback qualitativo e outros indicadores relevantes.
Experiência: concentrar-se em um público-alvo específico facilita a criação de uma experiência mais relevante e atrativa para os membros iniciais. Compreender as necessidades desse público é vital para moldar os rituais, programas e eventos de acordo com os objetivos dos membros.
Estrutura: mapear as ferramentas e implantar funcionalidades essenciais evita a complexidade desnecessária e permite que a comunidade se concentre nas características mais cruciais para seus membros e mantenha um ambiente fácil de gerenciar. Implantar processos simples de governança e dar clareza sobre como as decisões são tomadas na comunidade e como os conflitos são tratados, também traz mais confiança do membro desde o início.
Lembrando que incentivar a participação ativa dos membros na formação da comunidade ajuda a criar um senso de pertencimento e permite que a comunidade evolua de acordo com as necessidades reais dos usuários. A Comunidade Mínima Viável é um ponto de partida, não um destino final. A renovação com base no feedback dos membros é fundamental para aprimorar a experiência e agregar valor ao longo do tempo.
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