Antes de mais nada, é importante entender o conceito global de comunidades para, assim, explorar o tema no universo das startups. Nós, da comuh, entendemos que, uma comunidade é um grupo de seres humanos que partilham elementos em comum, como, por exemplo, propósitos, costumes, localização geográfica, visão do mundo e valores.
Sendo assim, o termo Comunidade de Startups ou Startup Community (em inglês), descreve um local ou região com alta densidade de empresas recém-criadas a partir de ideias inovadoras, mais conhecidas por startups. Uma comunidade de startups se torna referência de grandes inovações que movem o crescimento da economia na qual se encontram, uma vez que, startups geram mais oportunidades, atraem novos investidores, grandes empresas e novos parceiros. O Governo também é ator fundamental para comunidades de startups, pois pode oferecer benefícios fiscais, ajustar o ambiente regulatório, facilitar abertura de CNPJ’s, entre outros.
Comunidades abertas ou orgânicas.
Para as comunidades de startups abertas, a construção e engajamento é realizada, em sua maior parte, por empreendedores, governos, instituições de ensino e, empresas privadas. A existência das comunidades de startups em uma cidade alavanca (e muito) a economia, mesmo em momentos de crise, pelos motivos que já citamos acima.
Essas comunidades são tão importantes, que a ABStartups (Associação Brasileira de Startups) desenvolveu um estudo em 30 comunidades pelo Brasil para ajudar os entusiastas sobre o tema a identificarem quais e quem são esses agentes que fomentam os ecossistemas empreendedores locais. Na imagem a seguir, você encontra quais já foram mapeadas e, se quiser baixar o estudo da sua cidade, basta clicar aqui.
Comunidades fechadas.
Para explicar como funcionam comunidades fechadas de startups fechadas, vou exemplificar com uma experiência prática que participei. O desafio era gerencial um portfólio de startups de uma Venture Capital do mercado.
Para criar a comunidade de founders e co-founders das mais de 400 (quatrocentas) startups investidas pela VC, definimos as seguintes premissas:
- Uma comunidade online (considerando que as startups estavam localizadas em vários países e cidades diferentes);
- Fechada (somente para startups do portfólio). Ao abrir essa comunidade para outros fundadores, não entregaríamos valor e exclusividade para os membros atuais;
- Gratuita (pois se fizemos um aporte financeiro nessa startup em troca de participação societária, não faria sentido cobrar “de volta” algum valor).
Nosso objetivo era a aquisição de novas startups vindo através de indicações dos membros atuais, e retenção, aceleração e engajamento deles. E como faríamos isso? Por meio de conteúdos curados, benefícios exclusivos, conexões valorosas, mentorias, rituais, entre outros.
Esses rituais eram presenciais e remotos. Conectamos todos através de ferramentas apropriadas, entregamos um calendário de ações previamente desenhadas, fazíamos curadoria de conteúdos essenciais, criamos uma rede de mais de 40 (quarenta) parceiros que ofereciam benefícios e descontos em seus serviços e ferramentas.
O mais importante nessa comunidade fechada com tantas startups de mercados e maturidades distintas era manter o engajamento dos founders sempre alto. Sendo assim, após ativa e estruturada, criamos agrupamentos ou “micro-comunidades”, com estratégias e programas diferenciados de acordo com faturamento e crescimento delas, entregando assim, conteúdos mais direcionados, eventos específicos, benefícios mais adequados e muito mais.
Nos últimos anos, muitos fundos de venture capital estão usando da estratégia de comunidade para preservar seu portfólio. Todas estão voltando os olhos para os seus ativos.
A colaboração nesse mercado transforma vidas de empreendedores e podem salvar negócios.
E você, conhece ou faz parte de alguma comunidade de startups?
Quer iniciar uma comunidade nessa área? Vem falar com o time comuh!